53º CONGRESSO NACIONAL DA UNE - DCE UNAMA

Debates de Formação do 53º CONUNE



"Não Nos Representa! Da Burocratização à Reorganização do Movimento Estudantil Brasileiro"  (4º Encontro Pré-Congresso da União Nacional dos Estudantes - UNE)

Debate da Oposição de Esquerda da UNE. Domingo (28/04/13), às 17h na sede do DCE-UNAMA.


"Belo Monte de Violências: Os Ataques do Governo Dilma aos Povos Tradicionais e Indígenas" (3º Encontro Pré-Congresso da União Nacional dos Estudantes - UNE)

Debate da Oposição de Esquerda da UNE. Sábado (27/04/13), às 17h na sede do DCE-UNAMA.


"Os 10 anos de Governo do PT e os Escândalos de Corrupção" (2º Encontro Pré-Congresso da União Nacional dos Estudantes - UNE)

Debate da Oposição de Esquerda da UNE. Sábado (20/04/13), às 16h na sede do DCE-UNAMA.




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Declaração do DCE-UNAMA sobre o 53º CONUNE

Sobre os grandes problemas do Brasil o de maior consenso é, sem dúvidas, a crise na educação. Para o Governo Dilma (PT/PMDB/PCdoB/etc), nem de longe a educação é uma prioridade, e isso se comprova ao analisarmos a destinação do orçamento do país, onde a Dívida Pública consome mais de 47% do nosso PIB, enquanto que a educação amarga os míseros 3% (Auditoria Cidadã da Dívida, 2012). O REUNI veio para piorar as coisas, expandiu o acesso e não expandiu o investimento nas universidades públicas. Resultado: poucas salas, poucos professores, ínfima Assistência Estudantil, agravamento do sucateamento da Educação.

E se hoje mais de 80% dos estudantes universitários do Brasil estão matriculados nas instituições privadas de ensino (Instituto Data Popular/2013), é exatamente pela falta de investimento no ensino público. Deste modo a educação cada vez mais se transforma em uma mera mercadoria, deixando de ser um Direito. Os únicos que ganham com isso são os tubarões do ensino, que são as mantenedoras e os proprietários de instituições de ensino superior. Instituições estas que não são fiscalizadas nem reguladas pelo Governo Federal, na grande maioria das vezes sem a mínima qualidade. E ainda por cima recebem isenções fiscais - ficando com o dinheiro que deveria ir para os cofres públicos - através de programas como o Prouni que as incentiva e maquia a evasão estudantil nas pagas - que passa dos 20% (Ministério da Educação/2012) - só ocupando as vagas ociosas. Infelizmente os estudantes que tem acesso ao Prouni, são discriminados pelas universidades que se movimentam para que estes não tenham acesso a bolsas de Iniciação Científica, de Pesquisa e Extensão, como no caso da UNAMA. Há um cenário de crise na educação em nosso país. Não à toa o ano de 2012 foi marcado pela forte greve das Universidades Federais, que durou mais de 4 meses onde estudantes, técnicos administrativos e professores enfrentaram o sucateamento educacional aplicado pelo Governo Dilma. 


Um novo cenário de lutas nas universidades pagas!

DCE-UNAMA e Centros Acadêmicos no 14º Coneb, em Recife-PE.

Nas universidades pagas brasileiras cresce também a indignação, por conta dos abusivos aumentos nas mensalidades, os baixíssimos investimentos em Pesquisa e Extensão, as diversas tarifas extra-mensalidade, a ausência de Assistência Estudantil, a falta de Democracia interna, entre diversas outras provas de que não passa de um mito dizer que as particulares seriam melhores que as públicas. Na verdade, todo o sistema educacional público e privado, superior e básico, atravessam uma profunda crise de acesso, estrutura e qualidade.

Por isso na PUC-Minas ocorreram enormes mobilizações, com mais de 2 mil estudantes pressionando a Reitoria contra o abusivo aumento na mensalidade que chegou a 9%, não muito longe do ajuste na UNAMA, de 7,4%, e que também foi alvo de questionamentos ano passado pelos estudantes. Na PUC-SP os estudantes se manifestaram contra o golpe nas eleições pra Reitor, fruto do autoritarismo conservador, e a Católica de Brasília teve sua reitoria ocupada pelos estudantes que lutavam contra os cortes de suas Bolsas.

Os exemplos dos mais de 100 mil estudantes do Chile que lutam contra o ensino de mercado, dos estudantes de Quebec, no Canadá, que marcham pela educação pública, dos estudantes da Europa contra os planos de austeridade impostos pelos governos com a crise econômica internacional mostram o caminho! Devemos batalhar pelos nossos direitos, não deixar que nos sejam arrancados. E o único caminho é o da mobilização. Devemos superar o governismo da direção majoritária da UNE, que estagna a entidade, que prefere ficar calada ao invés de lutar pela educação. Sejamos um exemplo, mostremos que aqui A Luta Não Pára!

Manu Nery, do DCE-UNAMA,
pauta a luta nacional nas pagas 
no 14º Coneb.
 

53º CONUNE:

Fortalecer a Oposição de Esquerda e a luta nas pagas!

Infelizmente, a UNE de hoje não é a mesma de alguns anos atrás. A entidade que lutou pela democratização de nosso país, pelo petróleo, no Fora Collor ou pela meia-passagem em Belém tem uma direção que hoje defende o projeto de educação do Governo Federal que está a serviço da manutenção da crise que vivemos em nossas universidades. É justamente esta direção que combatemos que é a responsável e culpada da UNE já ter votado favorável ao aumento das nossas mensalidades na mesa de negociação do PROCON no início deste ano, é esta direção que não faz nenhuma crítica a situação dos estudantes do Prouni e que se cala sobre o escândalo do Mensalão. Este setor, inclusive, estava instalado na Chapa 2 no processo eleitoral do DCE, enganando os estudantes com uma campanha suja de calúnias e ataques morais inaceitáveis, afim de estagnar as diversas lutas que tem acontecido na UNAMA.
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Nós queremos no CONUNE, que acontecerá no período de 29 de maio a 2 de junho, em Goiânia, fortalecer a Oposição de Esquerda, setor que combate a atual direção da UNE e que cotidianamente luta em universidades públicas e particulares de todo o Brasil e que tem a independência necessária para seguir denunciando os ataques do Governo à educação para ajudar a construir, junto com os estudantes das universidades pagas de todo o país que estarão lá, uma frente de luta destes estudantes que possa preparar para o segundo semestre desse ano um Dia Nacional de Lutas contra o Aumento das Mensalidades. Porque é só com luta que a vida muda.



Gestão A Luta Não Pára: Quem Sabe Faz a Hora