sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Estudantes iniciam o ano com luta por qualidade e contra aumentos da mensalidade e tarifas

Diretório Central de Estudantes da UNAMA (31/01/2014)
 
Estudantes em passeata pela UNAMA rumo à Reitoria.
O dia 30 de janeiro foi marcado por manifestação dos estudantes da Universidade da Amazônia, no campus Alcindo Cacela. Representantes de diversos cursos, de Centros Acadêmicos e a diretoria do Diretório Central de Estudantes se concentraram no hall de entrada para discutir os vários problemas da universidade e construir uma Carta de Reivindicações para ser entregue à administração superior.

DCE quer discutir soluções

Os estudantes saíram em passeata pelos blocos, cantando palavras de ordem contra o aumento das mensalidades e por mais Pesquisa e Extensão, convidando seus colegas à assinar e protocolar um pedido de reunião entre a Reitora, DCE UNAMA e representantes de CAs, para a discussão de um conjunto de pautas estudantis e a questão da venda da instituição - até hoje obscura para os estudantes. Dentre as pautas constavam: fim da tarifa dos estacionamentos da universidade para os estudantes, a urgente construção de vestiários, a aquisição de novas máquinas de computadores para os três campi, ressaltando a necessidade de ampliação do laboratório de informática do Bloco F, na Alcindo Cacela. A revogação do aumento da mensalidade acima do índice inflacionário uma vez que ao longo da última década não se viu os aumentos retornarem para os estudantes como estrutura e qualidade. Também foram levantados questionamentos sobre o novo sistema de limitação mensal nas cotas de impressão, da falta de transparência nas contas da UNAMA e foi cobrado o conhecimento sobre os índices de investimentos na estrutura, Biblioteca, Bolsas de Pesquisa, Extensão, Monitoria e demais áreas. Esperamos que a Reitoria dê resposta ao pedido de reunião para apreciação e discussão da Carta de Reivindicações protocolada. O DCE busca não somente o diálogo aberto e franco, mas respostas e soluções concretas aos problemas da universidade. É inadmissível, por exemplo, que para um universo de 12.000 (doze mil) estudantes só existam 54 bolsas de Pesquisa e Extensão, bem como valores tão baixos como o da Bolsa de Monitoria que caiu de cerca de R$ 300,00 (trezentos reais) para cerca de R$ 200,00 (duzentos reais) no último período. À todo momento os estudantes participantes da manifestação foram filmados por funcionário da Reitoria, gostaríamos de um dia ter acesso ao acervo de filmagens feitas pela instituição para fins de registro histórica do DCE.

DCE, representantes de Centros Acadêmicos e de diversos cursos na Reitoria.

DCE UNAMA em campanha para unificar a luta das pagas

A iniciativa do DCE UNAMA contou com a importante solidariedade de representantes estudantis do IESAM, FAP, FIBRA, UFPA, IFPA, NPI, Ulysses Guimarães, Pedro Amazonas Pedroso, associação sindical Unidos Pra Lutar, saudação da Frente dos Moradores Prejudicados da Bacia do UNA que questionou a omissão social da UNAMA diante dos alagamentos enfrentados pela comunidade ao redor da universidade, e a participação ativa do coletivo estudantil nacional Vamos À Luta que tem proposto, com auxílio direto do DCE UNAMA, uma campanha de unificação da luta dos estudantes nas universidades pagas. Uma campanha afim de construir o "Bloco de Luta das Particulares" em Belém para discutir a política anti-educacional que vem aplicando o Governo Dilma e denunciar a crise (tanto em públicas quanto em particulares) que atravessa o Brasil, à exemplo dos alarmantes casos de quebra da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, ambas do Rio de Janeiro, e as diversas greves de educadores do estado do Pará, como as de Belém e de Marabá. O DCE UNAMA prepara a construção de um Seminário que paute o conjunto dessas discussões, que estarão presentes também entre os painéis da "XII Semana Acadêmica do Calouro do DCE UNAMA", que ocorrerá nos próximos dias 4, 5, 6 e 7 de Fevereiro nos campi da Universidade da Amazônia.


Gestão "A Luta Não Pára: Quem Sabe Faz a Hora"

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Panfleto de chamada à XII Semana do Calouro e ao Protesto contra o aumento das mensalidades 30/01



VÍDEOS: Protesto de estudantes em Aula Magna questiona MEC e Reitoria da UNAMA

Representantes do DCE e CA's protestam na Aula Magna contra aumento das mensalidades
Nesse dia 22/01, a Aula Magna da UNAMA contou com a presença de Dilvo Ristoff, diretor de Políticas e Programas de Graduação do Ministério da Educação para falar sobre "A Educação Superior no Brasil: tendências e desafios". A Reitoria, na figura de Ana Célia Bahia, recorreu ao MEC para mascarar a grave crise que está atravessando nossa universidade e tentar acalmar os ânimos. Longe de falar de "tendências e desafios" no Ensino Superior, Dilvo Ristoff veio reproduzir o falso discurso dos Governo Lula/Dilma, que: a educação nunca esteve melhor e chamando de "democratização" a crescente mercantilização do direito à educação. Um discurso que se choca com o mundo real:

Nos últimos anos o Governo Dilma aplicou uma sequência de cortes no orçamento da educação, em mais de 5 bilhões. Em 2012 a tremenda greve dos educadores das Federais questionou o sucateamento da educação, com caravanas estudantis e manifestações em Brasília. Em 2013, milhões foram às ruas de todo país dizendo "Ô Dilma, vou te falar: O professor vale mais que o Neymar!" e "Da Copa eu abro mão, quero dinheiro pra saúde e educação!" e mais greves de professores - destaque às do Pará e Rio de Janeiro, reprimidas à mando dos governos Jatene e Cabral. Em 2014, o orçamento da educação será de míseros 3,44%, enquanto que a dívida pública (a "Bolsa Banqueiro") consumirá cerca de 43% do PIB! A insatisfação nas universidades particulares contra o aumento das mensalidades, taxas extras e a má qualidade se espalha pelo país também. A recente quebra da Gama Filho e UniverCidade no Rio mostram a verdadeira cara do MEC, que as descredenciou e as quer fechar, mandando ao olho da rua milhares de educadores. Os estudantes exigem a federalização de ambas instituições e se manifestam favoráveis à proposta também os Reitores das universidades públicas UFF, UFRJ e Unirio. Centenas de estudantes vão às ruas e há protestos em Brasília, onde ocupam o MEC e são reprimidos pela polícia do Planalto. Programas como FIES e PROUNI são, de fundo, formas de repassar dinheiro público às instituições privadas e ocupar suas vagas ociosas, para mascarar a evasão e a crise que se instala no setor. Sobre nada disso falaram Dilvo Ristoff e Ana Célia Bahia.

Foi por isso tudo que estudantes da UNAMA tiveram negado o pedido de direito à voz na saudação da Aula Magna e mesmo assim fizeram ouvir, cantando palavras de ordem, a indignação contra os 20 anos de aumento das mensalidades, contra a absurda taxa de estacionamento a falta de democracia na UNAMA, bem como prestando solidariedade aos estudantes da Gama Filho e UC exigindo a federalização destas diante do diretor do MEC, denunciando a Reitoria pelos cortes de investimentos e ainda cobrando respostas concretas sobre a venda da UNAMA em Audiência Pública. É nesse espírito de luta que iniciamos o ano e reforçamos o chamado aos estudantes para o dia 30/01. Vem pra rua: contra o aumento da mensalidade!

Vídeos da intervenção de representantes do DCE e de CA's na Aula Magna.



sábado, 18 de janeiro de 2014

Dia 30 de Janeiro: VEM PRA RUA CONTRA O AUMENTO DAS MENSALIDADES!


Foi anunciado nesse dia 14/01, um aumento de 6,6% nas mensalidades de escolas e universidades particulares do Pará. A mesa de negociações é composta por Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Pará (Sindesp), Sinep, Dieese/PA, Procon/PA, OAB/PA e representantes da UNE. Desde 2004, as mensalidades ultrapassaram 60% de aumento, sendo que mais de 10% foi acima do índice da inflação - os saláriso de trabalhadores não aumentam nessa proporção! Por isso, afirmamos categoricamente: essa mesa de negociações há anos tem atuado a favor do lucro dos empresários e em prejuízo do orçamento das famílias paraenses. Nós, estudantes, não aceitamos mais a continuação desse absurdo!

Um modelo educacional em crise no Brasil e no mundo! Educação não deve ser mercadoria!

Povo chileno exige educação 100% pública no país.
Se espalha pelo mundo uma profunda crise no modelo educacional privado. Seja no Chile, no Canadá, na Coréia do Sul ou na Inglaterra, estouram revoltas de milhões de estudantes e trabalhadores que vão às ruas contra os aumentos das mensalidades e o endividamento, exigindo educação pública e de qualidade. No Brasil, na PUC de Minas, SP e RS, na Católica de Brasília, entre outras, estouram grandes lutas contra mensalidades, enquanto o Governo Dilma dá isenção fiscal e ocupa as vagas ociosas das pagas com Prouni e FIES, tentando salvar os empresários do colapso.

A UNAMA/PA expressa essa crise através dos cortes de investimentos que reduzem a qualidade, a demissão de professores, a falta de democracia interna, alta evasão estudantil, taxas e mensalidades abusivas, péssimos índices de Pesquisa e Extensão, falta de Assistência Estudantil, etc, tudo isso gerou uma luta entre os mantenedores da UNESPA/UNAMA que terminaram vendendo a maior universidade privada do Norte ao grupo Ser Educacional - grupo que estreou na Bolsa de Valores em 2013, no perigosíssimo jogo de "financeirização" da educação brasileira. O maior exemplo da crise atual é a quebra da Gama Filho e da UniverCidade, Rio de Janeiro, hoje sob ameaça de fechamento pelo MEC, despejando milhares de professores e técnicos na rua e interrompendo estudos, tudo culpa da política de Dilma e do grupo financeiro Galileo que comprou as instituições em 2012! Centenas estão indo às ruas protestar contra o fechamento da Gama Filho. Prestamos nossa solidariedade!

Por um movimento estudantil democrático, de luta e independente!

No Brasil, a União Nacional dos Estudantes (UNE) - entidade histórica do movimento estudantil, que lutou nos tempos da ditadura militar brasileira em defesa da democratização do país e depois pelo impeachment do corrupto ex-presidente Collor - hoje encontra-se controlada por um setor burocrático, domesticado e governista do movimento estudantil. São a UJS, juventude do PCdoB, e a juventude do PT e PDT. Direções do movimento estudantil ligadas ao governo, portanto, incapazes de ser consequentes na luta e que há 10 anos defendem a política dos Governos Lula/Dilma que sucateiam escolas e universidades públicas com os últimos cortes de dezenas de bilhões e que deixam correr solta a farra das mensalidades! Essa direção traidora da UNE não nos representa! Por isso, chamamos todos a repudiar o aumento das mensalidades e convidamos à construção de uma nova direção para o movimento estudantil, que seja radicalmente democrática e de luta, que não baixa a cabeça para governos ou empresários!

Dia 30 de Janeiro vamos pra rua construir um Bloco de Lutas das Particulares!

Para combater o aumento das mensalidades, a política de Dilma e a burocracia estudantil na direção da UNE, é fundamental organizar os Centros Acadêmicos, os DCE's e comitês de luta em cada instituição particular, construindo pela base uma unidade estudantil de todas as instituições de ensino, contra a concepção mercadológica de educação e consolidando um polo de oposição e de luta que ganhe a simpatia da sociedade. Chega de mesas de enrolação, aumentos de mensalidades, endividamento e sucateamento da educação do povo! A partir do DCE UNAMA e junto com os companheiros que fundaram recentemente o DCE IESAM, propomos um grande dia de luta contra o aumento das mensalidades no início do ano letivo! Queremos convidar todos os estudantes das universidades particulares a seguir o exemplo da heroica luta dos estudantes da Gama Filho/RJ contra o fechamento da universidade. Só com mobilização e com a mais ampla participação dos estudantes poderemos inverter essa lógica.

- Contra o aumento das mensalidades!
- Fim das taxas extra-mensalidades!
- Por um dia nacional de luta contra o aumento das mensalidades, a precarização e o descaso de Dilma!
- Regulamentação das IES privadas!
- Federalização da Gama Filho, UC e de todas as IES privadas em crise!
- Audiência Pública sobre a venda da UNAMA com estudantes e trabalhadores!
- Paridade nos Conselhos Universitários e maior participação dos estudantes, professores e funcionários no processo de decisão das instituições!
-Transparência nas contas das universidades!
-Educação não é mercadoria!

Assinam: diretores do DCE UNAMA, diretores do DCE IESAM. 


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Chamamos todos a uma reunião presencial no dia 25/01 (sábado), a partir das 15h, no DCE-UNAMA (localizada na Av. Alcindo Cacela, nº375 ao lado do campus da UNAMA Alcindo Cacela) para começarmos a preparar o ato público para o dia 30/01 com todos e materializar essa luta (panfletos, cartazes, consignas, etc).

Contatos:


Maiza Monte - (91) 8235-6094

Manu Nery - (91) 8900-4922
Eduardo Rodrigues - (91) 8908-0484
Ricardo Soares - (91) 8328-7027
Isaias Junior - (91) 8958-3238