terça-feira, 6 de março de 2012

VIII SEMANA ACADÊMICA ACALOURADA DCE-UNAMA


Do dia 28 de Fevereiro ao dia 2 de Março o DCE deu boas-vindas aos calouros de nossa Universidade promovendo uma série de mesas com importantes debates e uma variedade de atividades culturais para serem apreciados pelos estudantes. A programação da VIII Semana Acadêmica Acalourada do DCE-UNAMA foi distribuída em rodízio pelos três campi, em todos os três turnos, com uma ótima receptividade e terminou com uma boa festa de confraternização.

Logo ao primeiro dia de programação, no campus Alcindo Cacela, o auditório David Mufarrej, completamente lotado, teve a apresentação do DCE dando boas-vindas e foi seguida da primeira mesa de debate cujo tema era "O Caos Social e o Transporte Público", com a participação do Fórum Metropolitano em Defesa do Transporte Público de Qualidade em Belém, representado por Sílvia Letícia Luz, pautando a discussão em torno das mazelas sociais na capital e o polêmico projeto Bus Rapid Transit (BRT) do atual prefeito de Belém, Duciomar Costa, que está em voga nos meios de comunicação.

Intervenção artística crítica e lúdica
Durante as intervenções abertas pela mesa, o DCE-UNAMA informou o lançamento de nota em solidariedade às mobilizações estudantis contra o aumento de mensalidades na PUC-Minas - abuso sofrido também pelos estudantes na Universidade da Amazônia - e tivemos apoio total dos mais de 500 estudantes presentes no auditório, que levantaram as mãos como sinal de acordo seguindo várias salvas de palmas. Em seguida, o coletivo estudantil Vamos À Luta ressaltou a necessidade de uma nacionalização dessa luta, uma vez que todas as universidades privadas praticam esse mesmo absurdo Brasil afora. Será necessário que o corpo estudantil se organize nacionalmente e lute em conjunto contra os exorbitantes lucros arrancados por meio da crescente sangria do direito à Educação de 80% dos universitários brasileiros - que são obrigados a pagar cada vez mais caro para ter o Ensino Superior que o Estado já deveria prestar "gratuitamente".

Outros importantes assuntos foram pautados nas demais mesas de debate, tais quais o quadro geral de crise na Saúde Pública em nossa cidade; a discussão sobre o Novo Código Florestal e a construção da Usina Hidroelétrica de Belo Monte em nossa Amazônia, face as implicações ambientais e sociais - debate que contou com a presença do Comitê Metropolitano Xingu Vivo Para Sempre representado por Dion Monteiro; Discussão sobre o Direito à Educação e o papel desempenhado pela iniciativa privada na desobrigação do Estado e os efeitos de sua visão mercadológica do Ensino, ampliando lucros e reduzindo qualidade; “Arte: a Intervenção Urbana na cidade de Belém”, mesa pautada pelo coletivo Cosp Tinta discutiu o ativismo artístico que atende aqueles que não tem acesso à academia, ao teatro e demais programações culturais do centro da cidade - por conta da exclusão social - e sobre a intervenção que leva e trás Cultura popular, música e a arte visual às comunidades periféricas. Também apresentaram uma exposição d seu acervo artístico na universidade.

A Executiva Nacional de Comunicação Social (ENECOS), representada pela estudante Joice Souza da UFPA, discutiu a realidade das implicações político-sociais dos monopólios das comunicações no Brasil, a necessidade de democratização destas e a função social das concessões públicas de TV e Rádio, na mesa “Comunicação: Democratização, Ética e Cidadania”; Enquanto que na mesa “Diversidade Social: exclusão e opressão”, foi discutido a questão de variantes das agressões da exclusão sócio-econômica, étnica, de gênero e sexualidade, com a participação Diogo Monteiro, da Comissão de Direitos Humanos da OAB, e Neide Solimões, ativista da associação de sindicatos independentes Unidos Pra Lutar.

Para a discussão título da VIII Semana Acadêmica Acalourada, “A Juventude como Protagonista dos Processos de Transformação Social”, convidamos a estudante Natasha Machado, representando o DCE-UFPA, a estudante Emanuele Nery, atual presidente do DCE-UNAMA, e Priscila Guedes, estudante da Unirio e diretora da Oposição de Esquerda na União Nacional dos Estudantes (UNE), que expuseram a situação nacional e internacional que vivemos atualmente, no contexto da crise financeira, que leva cada vez mais a juventude à luta por melhores condições de vida e perspectivas melhores de futuro, renovando esperanças e oxigenando os processos de transformação da sociedade em todo mundo, atravessando Espanha, Chile, Portugal, Grécia, Egito, Líbia, Síria, Estados Unidos e Brasil, onde torna-se cada vez mais evidente a necessidade de mudanças que combatam a concentração de riqueza, dilapidação do patrimônio público e a privatização de nossos direitos sociais para garantir uma sociedade justa e igualitária, realmente democrática.
E o encerramento dos debates se deu na mesa “Direito: Justiça e Movimentos Sociais” com uma rica discussão em torno da atuação política e social no Direito e nas instituições da Justiça, bem como a questão da perseguição e criminalização de ativistas de Direitos Humanos e de Movimentos Sociais em geral, com a presença de Pedro Cavalero, advogado da Senadora Marinor Brito do PSOL no caso Ficha Limpa, o presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), o advogado Marco Apolo, e a sindicalista Silvia Letícia Luz, professora filiada à associação de sindicatos independentes Unidos Pra Lutar. Durante esta mesa, foi apresentada a campanha em solidariedade ao Jornalista Lúcio Flávio Pinto que sofre atualmente com ameaças e vários processos judiciais, dentre eles a recente decisão judicial que obriga o jornalista a pagar uma multa que beira os 22 mil reais em danos morais em decorrência do processo movido pelo empresário Cecílio do Rego Almeida, denunciado no Jornal Pessoal pelo apossamento de uma área de quase 5 milhões de hectares de área do patrimônio público - 8% do Estado do Pará. Ter de indenizar por ter defendido o direito à informação, a democracia e denunciado os ataques à Amazônia é um completo absurdo, por isso os estudantes presentes na calourada se solidarizaram e contribuíram na campanha, bem como ovacionaram a mesa ao fim do ótimo debate.

"Negado: não pagou a mensalidade!"
Durante a semana do calouro, contamos também com a Companhia Cênica “EXTRAordinários”, responsável por ótimas intervenções artíticas que entrecortaram alguns debates, promovendo uma arte crítica e lúdica contra o aumento das mensalidades no Ensino Superior, que tira inúmeros estudantes da sala da universidade, e as investidas do Governo Federal sobre a Amazônia e os povos tradicionais do Rio Xingu com a ameaça ambiental do Código Florestal e de Belo Monte.

O DCE-UNAMA conta com todos os estudantes para contribuírem com a construção de uma forte campanha dentro de nossa Universidade, em favor da Qualidade de Formação e Contra o Aumento das Mensalidades, que há 18 anos crescem acima do índice inflacionário - em função da falta de regulamentação do Ensino Privado, atitude que o Governo Federal tem negligenciado completamente. Bem como convidamos a todos os estudantes a se somarem na contínua qualificação de nosso Diretório Central de Estudantes, que é uma ferramenta fundamental na luta por nossos direitos dentro e fora da Universidade.

Venha ser parte do DCE e Vamos À Luta
por Ensino de Qualidade Sem Aumento de Mensalidades!
Gestão “Unidos Pra Lutar!”

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