DECLARAÇÃO
POLÍTICA DCE UNAMA
NEM
DIA 16, NEM DIA 20!
UNIR AS LUTA PARA DERROTAR O AJUSTE FISCAL DE DILMA!
DIGA
NÃO AOS PARTIDOS DO AJUSTE: PT, PMDB, PSDB E SEUS ALIADOS!
1. Uma crise econômica, política e social cada
vez mais aguda
A crise econômica,
social e política no Brasil se aprofunda cada vez mais. Aumenta a energia
elétrica, a conta de água, os combustíveis, o preço dos alimentos, enquanto que
o salário do povo trabalhador é corroído pela inflação. Está ficando cada vez
mais difícil pagar as tarifas de ônibus, mensalidades nas escolas e
universidades, o plano de saúde e todas as demais necessidades que o Estado e o
Governo Dilma nos negam. O ajuste fiscal
(política de corte de verbas das áreas
sociais como educação, saúde, moradia, etc) que tem sido aplicado por Dilma
só agrava tudo. O único objetivo do ajuste fiscal e da nova “Agenda Brasil” é:
alimentar a Dívida Pública para garantir dinheiro para os banqueiros, as
empreiteiras e a farra da corrupção, enquanto descarrega toda a crise econômica
nas costas dos trabalhadores, jovens e do povo pobre. Não à toa o Governo Dilma
tem 71% de avaliação como “péssimo” e “ruim”, pois o povo não aguenta mais
tantos cortes de direitos, tanto arrocho salarial e corrupção. A indignação
popular está crescendo e irá explodir mais cedo ou mais tarde.
2.
PT, PMDB, PSDB e seus aliados são todos parceiros na
corrupção, repressão e ajuste fiscal!
Diante da crise,
todas as raposas da política estão alvoroçadas. PT, PMDB e PSDB, os maiores
partidos da República, estão todos envolvidos no escândalo internacional da
Lava Jato, onde rios de dinheiro vão para campanhas eleitorais em troca de
obras públicas e privilégios aos empresários e políticos corruptos. Agora José
Dirceu (PT) foi parar na cadeia, Renan Calheiros e Eduardo Cunha (ambos do
PMDB) também foram citados na investigação, tal como PSDB está no
“propinoduto”, com Geraldo Alckmin, e o escândalo do aeroporto de Aécio Neves. São
todos parceiros na repressão ao povo, como Beto Richa (PSDB) atacando os
professores do Paraná, Alckmin contra os metroviários de São Paulo, Jatene na
criminalização dos professores no Pará e Dilma que colocou na rua a Força
Nacional para reprimir a jornadas de junho, em 2013. Além disso, o acordo em
torno do ajuste fiscal transforma essas três facções do crime político
organizado em plenos parceiros. Votam juntos o Programa de Proteção ao Emprego
(PPE) que reduz salários na indústria, alteram o ECA para encarcerar mais os
jovens negros e pobres da periferia, as MPs 664 e 665 que reduzem direitos
trabalhistas, apresentam planos de privatização de portos, aeroportos,
estradas, saúde e educação, ainda votam em leis “antiterrorismo” para calar as
manifestações populares e greves que crescem cada vez mais, assim como promovem
falsas “reformas políticas” para legalizar o dinheiro empresarial controlando
as eleições e impedindo que partidos menores, contrários ao ajuste fiscal, se
pronunciem nas disputas políticas!
3.
O que os estudantes têm a ver com tudo isso?
Enquanto isso, a
educação também é atingida pelos cortes de verbas, que já superam 9 bilhões de
reais, e existe a previsão para que esse valor só aumente. No início de 2015 o
programa propaganda do governo, FIES, teve uma queda de 50% de investimento e
isso resultou na expulsão de cerca de 6 mil alunos só da Universidade da
Amazônia, e outros milhares pelo resto do Brasil, além de endividar aqueles
estudantes que continuaram na universidade e foram obrigados a pagar as
mensalidades, com juros abusivos, por conta do estelionato por parte dos
empresários e do governo que propagandearam um “FIES ilimitado” que nunca
existiu. Os grupos empresariais que dominam a educação privada descontam a
crise financeira mundial nas costas dos jovens e de suas famílias, pois reduzem
os gastos com a qualidade demitindo professores e funcionários, como na UNAMA
que demitiu mais de 48 profissionais, cortando investimentos para bolsas de
pesquisa e extensão, biblioteca, e transformando a monitoria em atividade voluntária
nos primeiros meses. O grupo ser educacional que teve uma queda na bolsa de
valores de 62% neste ano tenta reverter explorando os estudantes com taxas
extras, nesse 2° semestre de 2015, 42 taxas foram acrescentadas no contratado,
muitas delas abusivas e ilegais dificultando inclusive a permanência estudantil
dentro da universidade.
4.
Nem 16, nem 20! Construir a luta unificada e
independente contra os agentes do ajuste!
Para tentar enganar
o povo, o PSDB e o PT – que defendem a mesma política corrupta e o ajuste
fiscal contra o povo - querem criar uma falsa polarização e, para tanto, chamam
manifestações de rua para usar o povo como “massa-de-manobra” em defesa de seus
interesses. No dia 16, o PSDB chama às ruas posando de salvadores da pátria, mas
com o intuito de desgastar o governo e assumir o seu lugar como porta voz dos
grandes empresários. Enquanto que, no dia 20 o PT chama sua defesa através de
entidades atreladas ao governo como a direção majoritária da UNE, a CUT, CTB, tentando
pincelar um verniz de esquerda que não possui governando junto com figuras como
Maluf, Kátia Abreu, Collor, Jader Barbalho, Renan Calheiros e etc. Contudo, a
verdade é uma só: PT, PMDB e PSDB são parceiros na aplicação do ajuste fiscal
contra os trabalhadores e a favor de empresários e banqueiros!
Por isso, nós do Diretório Central de Estudantes da
Universidade da Amazônia (DCE UNAMA) declaramos que não participaremos nem da
manifestação do dia 16.08 e nem do dia 20.08, pois nenhuma representa os
anseios dos trabalhadores, estudantes e povo pobre. Tanto PT, PMDB e PSDB, como
todos os seus aliados, são nossos inimigos e atendem interesses dos banqueiros,
tubarões do ensino, agronegócio e empreiteiras, defendendo a aplicação de mais
cortes sociais, ataques contra direitos e querem jogar a crise econômica em
nossas costas! Não estamos com os delinquentes políticos do Brasil! Estamos
contra!
Devemos ser
independentes do Governo Dilma, governadores e prefeitos que aplicam ataques ao
povo. Devemos construir a nossa unidade com o povo que luta. Como nas greves do
funcionalismo público federal, dos professores do Paraná e do Pará, dos
trabalhadores da Volks e da General Motors em São Paulo, dos estaleiros do RJ,
dos petroleiros da Petrobrás, manifestações estudantis, etc. Pois só existem
dois lados na luta que está colocada agora: o lado dos que querem massacrar os
trabalhadores com o ajuste fiscal e o outro lado do povo trabalhador que luta
heroicamente contra esse ajuste! Precisamos unir os sindicatos de
trabalhadores, movimentos populares, as entidades estudantis e todas as
organizações combativas em contraposição à todos os agentes do ajuste fiscal,
em Fóruns de Luta e em uma Plenária Nacional dos setores em luta. Pois esta é a
única forma de construir uma saída unitária do povo para a crise! Que seja contra
os cortes de verbas nas áreas sociais, pelo fim do pagamento da Dívida Pública,
pela construção de um plano econômico que garanta emprego, educação, saúde, salário,
transporte, saneamento e serviços públicos de qualidade para o povo! Que
reverta os cortes de direitos e que assegure a ampliação deles! Estaremos
engajados nessa luta e convocamos no dia 18.08, um dia de mobilização da
Universidade da Amazônia, para discutir a crise na conjuntura brasileira.
DIA DE MOBILIZAÇÃO NA UNAMA NESSE DIA 18.08 CONTRA
TODOS OS AGENTES DO AJUSTE!
CHAMAMOS OS ESTUDANTES A CONSTRUIR A ASSEMBLEIA GERAL
NA UNAMA NO DIA 09.09!
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