sábado, 15 de agosto de 2015

Declaração Política: Nem dia 16, nem dia 20!


DECLARAÇÃO POLÍTICA DCE UNAMA

NEM DIA 16, NEM DIA 20!
UNIR AS LUTA PARA DERROTAR O AJUSTE FISCAL DE DILMA!
DIGA NÃO AOS PARTIDOS DO AJUSTE: PT, PMDB, PSDB E SEUS ALIADOS!

1.       Uma crise econômica, política e social cada vez mais aguda

A crise econômica, social e política no Brasil se aprofunda cada vez mais. Aumenta a energia elétrica, a conta de água, os combustíveis, o preço dos alimentos, enquanto que o salário do povo trabalhador é corroído pela inflação. Está ficando cada vez mais difícil pagar as tarifas de ônibus, mensalidades nas escolas e universidades, o plano de saúde e todas as demais necessidades que o Estado e o Governo Dilma nos negam. O ajuste fiscal (política de corte de verbas das áreas sociais como educação, saúde, moradia, etc) que tem sido aplicado por Dilma só agrava tudo. O único objetivo do ajuste fiscal e da nova “Agenda Brasil” é: alimentar a Dívida Pública para garantir dinheiro para os banqueiros, as empreiteiras e a farra da corrupção, enquanto descarrega toda a crise econômica nas costas dos trabalhadores, jovens e do povo pobre. Não à toa o Governo Dilma tem 71% de avaliação como “péssimo” e “ruim”, pois o povo não aguenta mais tantos cortes de direitos, tanto arrocho salarial e corrupção. A indignação popular está crescendo e irá explodir mais cedo ou mais tarde.

2.       PT, PMDB, PSDB e seus aliados são todos parceiros na corrupção, repressão e ajuste fiscal!

Diante da crise, todas as raposas da política estão alvoroçadas. PT, PMDB e PSDB, os maiores partidos da República, estão todos envolvidos no escândalo internacional da Lava Jato, onde rios de dinheiro vão para campanhas eleitorais em troca de obras públicas e privilégios aos empresários e políticos corruptos. Agora José Dirceu (PT) foi parar na cadeia, Renan Calheiros e Eduardo Cunha (ambos do PMDB) também foram citados na investigação, tal como PSDB está no “propinoduto”, com Geraldo Alckmin, e o escândalo do aeroporto de Aécio Neves. São todos parceiros na repressão ao povo, como Beto Richa (PSDB) atacando os professores do Paraná, Alckmin contra os metroviários de São Paulo, Jatene na criminalização dos professores no Pará e Dilma que colocou na rua a Força Nacional para reprimir a jornadas de junho, em 2013. Além disso, o acordo em torno do ajuste fiscal transforma essas três facções do crime político organizado em plenos parceiros. Votam juntos o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) que reduz salários na indústria, alteram o ECA para encarcerar mais os jovens negros e pobres da periferia, as MPs 664 e 665 que reduzem direitos trabalhistas, apresentam planos de privatização de portos, aeroportos, estradas, saúde e educação, ainda votam em leis “antiterrorismo” para calar as manifestações populares e greves que crescem cada vez mais, assim como promovem falsas “reformas políticas” para legalizar o dinheiro empresarial controlando as eleições e impedindo que partidos menores, contrários ao ajuste fiscal, se pronunciem nas disputas políticas!

3.       O que os estudantes têm a ver com tudo isso?

Enquanto isso, a educação também é atingida pelos cortes de verbas, que já superam 9 bilhões de reais, e existe a previsão para que esse valor só aumente. No início de 2015 o programa propaganda do governo, FIES, teve uma queda de 50% de investimento e isso resultou na expulsão de cerca de 6 mil alunos só da Universidade da Amazônia, e outros milhares pelo resto do Brasil, além de endividar aqueles estudantes que continuaram na universidade e foram obrigados a pagar as mensalidades, com juros abusivos, por conta do estelionato por parte dos empresários e do governo que propagandearam um “FIES ilimitado” que nunca existiu. Os grupos empresariais que dominam a educação privada descontam a crise financeira mundial nas costas dos jovens e de suas famílias, pois reduzem os gastos com a qualidade demitindo professores e funcionários, como na UNAMA que demitiu mais de 48 profissionais, cortando investimentos para bolsas de pesquisa e extensão, biblioteca, e transformando a monitoria em atividade voluntária nos primeiros meses. O grupo ser educacional que teve uma queda na bolsa de valores de 62% neste ano tenta reverter explorando os estudantes com taxas extras, nesse 2° semestre de 2015, 42 taxas foram acrescentadas no contratado, muitas delas abusivas e ilegais dificultando inclusive a permanência estudantil dentro da universidade.         

4.       Nem 16, nem 20! Construir a luta unificada e independente contra os agentes do ajuste!

Para tentar enganar o povo, o PSDB e o PT – que defendem a mesma política corrupta e o ajuste fiscal contra o povo - querem criar uma falsa polarização e, para tanto, chamam manifestações de rua para usar o povo como “massa-de-manobra” em defesa de seus interesses. No dia 16, o PSDB chama às ruas posando de salvadores da pátria, mas com o intuito de desgastar o governo e assumir o seu lugar como porta voz dos grandes empresários. Enquanto que, no dia 20 o PT chama sua defesa através de entidades atreladas ao governo como a direção majoritária da UNE, a CUT, CTB, tentando pincelar um verniz de esquerda que não possui governando junto com figuras como Maluf, Kátia Abreu, Collor, Jader Barbalho, Renan Calheiros e etc. Contudo, a verdade é uma só: PT, PMDB e PSDB são parceiros na aplicação do ajuste fiscal contra os trabalhadores e a favor de empresários e banqueiros!

Por isso, nós do Diretório Central de Estudantes da Universidade da Amazônia (DCE UNAMA) declaramos que não participaremos nem da manifestação do dia 16.08 e nem do dia 20.08, pois nenhuma representa os anseios dos trabalhadores, estudantes e povo pobre. Tanto PT, PMDB e PSDB, como todos os seus aliados, são nossos inimigos e atendem interesses dos banqueiros, tubarões do ensino, agronegócio e empreiteiras, defendendo a aplicação de mais cortes sociais, ataques contra direitos e querem jogar a crise econômica em nossas costas! Não estamos com os delinquentes políticos do Brasil! Estamos contra!

Devemos ser independentes do Governo Dilma, governadores e prefeitos que aplicam ataques ao povo. Devemos construir a nossa unidade com o povo que luta. Como nas greves do funcionalismo público federal, dos professores do Paraná e do Pará, dos trabalhadores da Volks e da General Motors em São Paulo, dos estaleiros do RJ, dos petroleiros da Petrobrás, manifestações estudantis, etc. Pois só existem dois lados na luta que está colocada agora: o lado dos que querem massacrar os trabalhadores com o ajuste fiscal e o outro lado do povo trabalhador que luta heroicamente contra esse ajuste! Precisamos unir os sindicatos de trabalhadores, movimentos populares, as entidades estudantis e todas as organizações combativas em contraposição à todos os agentes do ajuste fiscal, em Fóruns de Luta e em uma Plenária Nacional dos setores em luta. Pois esta é a única forma de construir uma saída unitária do povo para a crise! Que seja contra os cortes de verbas nas áreas sociais, pelo fim do pagamento da Dívida Pública, pela construção de um plano econômico que garanta emprego, educação, saúde, salário, transporte, saneamento e serviços públicos de qualidade para o povo! Que reverta os cortes de direitos e que assegure a ampliação deles! Estaremos engajados nessa luta e convocamos no dia 18.08, um dia de mobilização da Universidade da Amazônia, para discutir a crise na conjuntura brasileira.

DIA DE MOBILIZAÇÃO NA UNAMA NESSE DIA 18.08 CONTRA TODOS OS AGENTES DO AJUSTE!

CHAMAMOS OS ESTUDANTES A CONSTRUIR A ASSEMBLEIA GERAL NA UNAMA NO DIA 09.09!

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